sexta-feira, 9 de março de 2012

Serra do Açor

A Serra do Açor é uma serra no centro de Portugal, junto à Serra da Estrela, que abrange vários concelhos como Oliveira do Hospital, Arganil ou Tábua e onde se localizam freguesias históricas como o Piódão ou São Gião.
A Serra do Açor faz parte da Cordilheira Central, de que fazem parte a Serra da Lousã, Açor e Serra da Estrela. Tem vários pontos de grande elevação, de que se destacam, O Monte do Colcurinho (1242 m de altitude), o Alto de S. Pedro (1341 m), Alto Ceira e o Pico de Cebola (com cerca de 1400 m), ponto mais alto do distrito de Coimbra. Todos este locais são zonas de grande beleza e pontos de interesse turístico a visitar. Aí se situa a área de Paisagem Protegida da Serra de Açor.


Paisagem Protegida da Serra do Açor

A Área de Paisagem Protegida da Serra do Açor possui dois sítios de especial interesse: a Mata da Margaraça e a Fraga da Pena.
A Mata da Margaraça apresenta uma amostra rara da vegetação natural das encostas xistosas do centro de Portugal, tal como há séculos. Além da componente geológica, os diferentes habitats que possui permitem o crescimento de comunidades muito diversificadas, como fungos e briófitos
A Fraga da Pena resulta de um acidente geológico que origina um conjunto de várias quedas d'água ao longo de um curso de água permanente, tornando-se um local de grande importância paisagística e conservando ainda alguns exemplares antigos de carvalho-alvarinho, azereiro, azevinho, castanheiro e aderno.




Fauna


Gineta
A Gineta ou Gineta-europeia (Genetta genetta) é uma das espécies que podem ser encontradas actualmente na Europa, está presente em Espanha, Portugal, França e parece querer alargar o “território” para norte e leste no continente. É também encontrada no Médio Oriente e em todo o continente africano, com excepção das zonas desérticas.



Açor
O açor (Accipiter gentilis), do latim acceptore, significando que voa rapidamente, é uma ave de rapina da família Accipitridae. Habita um pouco por toda a Europa, desde a costa ocidental até à Turquia, aparecendo ainda com alguma frequência no norte de África, em Marrocos.
É a ave que aparece na bandeira dos Açores. O arquipélago dos Açores deve o seu nome ao açor, porque quando os descobridores do arquipélago lá chegaram pensaram ver açores. Mais tarde, concluiriam que as aves eram, afinal, milhafres.




Lagarto da água
Lagarto de tamanho médio e de aspecto robusto, que pode atingir 125 mm de comprimento cabeça-corpo. Possui uma longa cauda que pode medir até duas vezes o tamanho do corpo. As escamas dorsais têm aspecto arredondado a oval. Apresenta tons esverdeados e amarelados com um ponteado negro um pouco denso e uniforme, a tons acastanhados com grandes manchas escuras. O ventre é amarelado, podendo apresentar na zona da garganta tonalidades azuis durante a época de reprodução, e esbranquiçadas no resto do ano.

Aparecem em zonas relativamente húmidas, encontrando-se associado a habitats próximos de cursos de água com uma densa zona de vegetal denso. Habita preferencialmente os vales agrícolas, típicos das áreas montanhosas do norte do país.



Flora



Por entre os cumes da Serra situa-se no termo de Arganil a Mata da Margaraça. Esta ocupa uma encosta exposta a norte entre os 400 m – 800 m de altitude, em que era constituído uma amostra de vegetação desta região tal como existiria séculos atrás. Resto de uma antiga floresta a Margaraça tem como espécies vegetais predominantes o carvalho-alvarinho e o castanheiro.
Presentes ainda algumas plantas de cariz mediterrânico como o medronheiro e o folhado, exemplares de grande porte o azereiro para além de cerejeira-brava e da aveleira.
Acrescente-se uma elevada cobertura de musgos, líquidos e fungos, inúmeros fetos e espécies ornamentais raros no território Português como o Martagão e o Selo–de–Salomão.
Na área de paisagem protegida da Serra do Açor existe uma variedade considerável de habitats cada um deles albergando várias espécies. Do conjunto de habitats destacam-se os carvalhais, os povoamentos de espécies lauróides (loureiro, azereiro, medronheiro) as galerias ribeirinhos e os povoamentos de azereiro. Mas podem ser observados também as comunidades que se desenvolvem sobre substrato rochosos e também urzais, povoamento de sobreiros e pinhais.


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