terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Museu dos Lanifícios




       Gerido pela Universidade da Beira Interior, este museu está dividido pelos núcleos da Real Fábrica de Panos, da Real Fábrica Veiga e das Râmolas de Sol. É considerado um dos melhores museus da Europa nesta área. O primeiro preserva a memória da manufactura do Estado, aqui mandada instalar pelo marquês de Pombal em 1764. As estruturas e os objectos conservados evocam os primórdios da industrialização que recorria, ainda, à água das ribeiras da serra como força motriz principal. O segundo núcleo, corresponde a uma fase tecnológica mais avançada e que estava ligada à maquinaria a vapor. Caldeiras de vapor da antiga Fábrica Veiga, as antigas instalações tintureiras, com as suas fornalhas e os poços cilíndricos para tingir as lãs, são algumas das coisas que se podem ver neste museu.

Horário dos Núcleos do Museu de Lanifícios da UBI
3.º Feira a domingo: 09h30 – 12h00/ 14h30 – 18h00
Encerrado: 2.º Feira e nos dias 1 de Janeiro, 1º de Maio e 25 de Dezembro

 
Contactos:
Rua Marquês de Ávila e Bolama

6200-053 Covilhã

Telefone: 275 319 724
Fax: 275 319 712

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Casa das Morgadas (Covilhã)


A Casa das Morgadas descaca-se como sendo um Edifício civil, foi mandada construir no séc. XVI/XVII por Simão Tavares Cardoso, um habitante da Covilhã ligado à produção de lanifícios, proprietário de uma das muitas oficinas de manufactura de tecidos existentes na povoação beirã. 

O edifício é um solar de planta rectangular dividido em dois pisos que, de acordo com os modelos da época, se desenvolve em comprimento, caracterizando-se pela simplicidade e monotonia das fachadas, marcadas pela disposição de aberturas a espaços regulares.
No interior da Casa das Morgadas destaca-se a designada Sala dos Continentes, o salão nobre do piso superior, cujo tecto se encontra completamente pintado com a representação de uma alegoria dos quatro continentes, executada cerca de 1690 pela oficina local de Manuel Pereira, mestre de pintura a óleo (SERRÃO, 2001).

Este conjunto pictórico foi restaurado entre 2001 e 2002, resultando de um protocolo assinado entre a Região de Turismo da Serra da Estrela e o Partido Comunista Português, actual proprietário da Casa das Morgadas. 

Possui uma capela provavelmente construída em 1741 conforme data visível no lintel da porta que dá acesso ao interior, com uma cobertura falsa abóbada de berço pintada com um temática sacra, enquadrada por elementos dos quais são Rocaille atribuída a José Botelho de Albuquerque.


Rio Mondego (Mondeguinho)



Origem do nome

Os romanos chamavam Munda ao rio Mondego. Munda significa transparência, claridade e pureza. Nesses tempos as suas águas eram assim. Ao longo da Idade Média o rio continuou a chamar-se Munda.

Curso do rio


O rio Mondego tem um comprimento total de 234 quilómetros. A sua nascente situa-se na Serra da Estrela, no sítio de Corgo das Mós (ou ‘’Mondeguinho’’), freguesia de Mangualde da Serra, concelho de Gouveia, numa altitude de cerca de 1425 metros. No seu percurso inicial, atravessa a Serra da Estrela, de sudoeste para nordeste, nos concelhos de Gouveia e Guarda. Junto à povoação de Vila Cortês do Mondego. Aqui se inicia o seu curso médio, ao longo do planalto beirão, cortando rochas graníticas e formações metamórficas. Depois de atravessar o concelho de Fornos de Algodres, o rio Mondego serve de fronteira entre os distritos de Viseu, a norte, e da Guarda e de Coimbra, a sul. Assim, delimita, na margem norte, os concelhos de Mangualde, Seia, Nelas, Carregal do Sal, Santa Comba Dão e Mortágua, enquanto que na margem sul serve de limite aos concelhos de Gouveia, Oliveira do Hospital, Tábua, Penacova e Vila Nova de Poiares.

Transportes e turismo

Em Coimbra existe uma embarcação turística que permite fazer um pequeno cruzeiro nas águas do rio, entre o Parque Dr. Manuel Braga e a Lapa dos Esteios. Ao longo de um trajecto de poucos quilómetros, pode-se assim observar as mudanças recentemente operadas em ambas as margens do Mondego.
Ao longo do curso do rio existem diversas praias fluviais, de entre as quais se destacam, de montante para jusante, as de Riba-Mondego, Ponte Nova, Penacova, Palheiros / Zorro e Pé Rodrigo. No estuário, junto à Figueira da Foz.

Desporto

Nas águas do rio é comum organizar-se provas de várias modalidades desportivas aquáticas, tais como vela e motonáutica (no estuário, junto à Figueira da Foz) e ainda de remo e de canoagem.





Deixamos aqui o excelente documentário do Daniel Pinheiro sobre este rio:




Parque Natural Serra da Estrela




Localizado na Serra da Estrela, o Parque Natural da Serra da Estrela cobre uma parte significativa desta montanha, que é a mais alta de Portugal Continental (1993 metros).
Fica no centro interior de Portugal nomeadamente no distrito da Guarda, abrangendo também o distrito de Castelo Branco.
Aqui prevalece o granito, xisto e vestígios de antigos glaciares, tendo em consideração a sua elevada altitude e localização, este é um dos locais do país com maior precipitação.


Nesta área podemos encontrar algumas espécies de flora únicas no país, tais como:

Ø Cervum;
Ø Urgueira;
Ø Sargaço;
Ø Giesta;
Ø Junco;
Ø Cardo;
Ø Serradela;
Ø Feto.

Já no que diz respeito à fauna destaca-se:

Ø Lobo;
Ø Javali;
Ø Lontra;
Ø Raposa;
Ø Lagartixa-de-montanha;
Ø Geneta;
Ø Coelho-bravo-europeu.

A importância desta área faz com que seja Reserva Biogenética, sendo Em 2000 designada como Sítio de Interesse Comunitário e passou a integrar a Rede Natura 2000.
Entre as diversas actividades que têm para oferecer, o parque tem percursos pedestres assinalados e um centro de interpretação.

Distâncias:
Lisboa – Manteigas: 315 km
Porto – Manteigas: 200 km
Coimbra - Manteigas: 131 km
Faro – Manteigas: 548 km

Vias de Acesso:
A25 - saídas em Viseu (N231), Mangualde (N232), Celorico da Beira e Guarda
A23 - saídas na Covilhã, Belmonte e Guarda
N17 - saídas em Seia, Gouveia e Celorico da Beira
IP3/IC12 - saída em Nelas (N231)

Transportes  públicos:
Comboio:
Linha da Beira Alta - estações de Nelas, Mangualde, Celorico da Beira e Guarda.
Linha da Beira Baixa - estações da Covilhã, Belmonte e Guarda
Autocarro:
Expressos das principais cidades para Guarda, Covilhã, Seia, Gouveia e Celorico da Beira.

SEDE Manteigas:
Tel.: (+351) 275 980 060
Fax: (+351) 275 980 069
E-mail: pnse@icnb.pt
Dias úteis: 9h-12h30 / 14h-17h30 (Encerra aos fins-de-semana e feriados)
Centro de Interpretação do PNSE:
Tel.: (+351) 275 314 727
Todos os dias: 10h - 17h


Quando visitar
O Parque Natural da Serra da Estrela pode ser visitado em qualquer altura do ano, dependendo no entanto, do que se quer ver e da zona que se quer visitar.
Antes de iniciar a visita, informe-se da previsão meteorológica.
Numa montanha como a Estrela, a altitude com a rarefacção do ar, o frio, a neve, o gelo, os nevoeiros constituem factores de dificuldade que devem ser levados com atenção.
No Planalto Central, acima dos 1500 metros, de Dezembro a Maio, o solo encontra-se frequentemente coberto de neve, pelo que se deve ter em atenção, as recomendações da Autoridade Nacional da Protecção Civil, evitando desagradáveis contratempos, tanto nas estradas como nos caminhos.
No Planalto Central a época ideal para visitas é de Maio a Outubro.
Devido à altitude, a insolação é muito forte podendo provocar golpes de calor ou queimadoras solares.
Se estiver nevoeiro não deve programar visitas nas zonas mais elevadas e isoladas.
As cores das árvores no Outono, o aconchego das povoações no Inverno, os cervunais e relvados floridos na Primavera e o azul do céu no Verão, fazem de todas as épocas, um motivo para uma visita de descoberta da Estrela.

O Pastel de Molho da Covilhã

Este pastel seco com carne que tanto é apreciado tem uma história por detrás. Conta-se que na década dos anos 20 os operários fabris não tinham tempo para fazer sopa então esta era substituída pelo célebre pastel, embora tivessem de despendi arem algum tempo para os confeccionarem tinha as suas vantagens pois aguentavam várias semanas ao contrário da sopa.
É feito com massa folhada cortada as tirinhas, que se enrolam-se em forma de espiral, dobra-se uma das pontas do pastel para ser recheado com carne de vaca refogada.
Era e ainda hoje é servido com molho de açafrão e um ramo de salsa e prepara-se da seguinte forma: põe-se a água a ferver com sal, vinagre, açafrão e um ramo de salsa depois coloca-se o pastel num prato e deita-se o caldo por cima tapa-se com outro prato e aguarda-se um pouco para que o pastel abra e fortaleça a refeição ou se preferir pode o fazer com chá preto.
O Pastel de Molho é feito com massa de margarina ou banha de porco, sal, farinha e recheado com carne guisada (cebola, louro, sal).
Pode consumir-se assim “seco” ou com o dito molho. Não deixe de o provar quando passar pela Covilhã, pode ser encontrado nas mercearias ou café da cidade.
                                    

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Muralhas da Cidade da Covilhã

As muralhas do castelo da Covilhã prevalecem ainda na cidade, o castelo caracterizava-se como sendo de origem romana, ao longo dos tempos sofreu saques (assaltos) e destruições.
Da primitiva fortaleza medieval apenas subsistem algumas muralhas do castelo, alguns integrados noutras construções.
Das muralhas castelo sobraram vestígios de portas e torres: Porta do Sol, Porta de São Vicente, Arco da Comarca e um torreão octogonal (torre defensiva).
A pedra do castelo foi mais tarde utilizada para edificar grandes construções como a Real Fábrica dos Panos e os Paços do Concelho.

Fonte: Igogo (adaptado)

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Igreja da Misericórdia (Covilhã)



Localizada em plena Praça do Município, é ladeada, pelo seu lado esquerdo, por uma das principais vias de acesso à mesma, a Rua Visconde da Coriscada. Trata-se de uma construção classificada como Imóvel de Interesse Público por despacho de Dezembro de 1980 e pelo Dec. 67/97, de 31 de Dezembro.

Pela mistura de estilos que apresenta, é difícil de fazer a sua datação. Na fachada lateral esquerda encontra-se uma curiosa placa com a data de 1601 nela inscrita. Não será de excluir que a mesma corresponda a uma primitiva igreja.

O retábulo, como se encontra actualmente, data das obras de restauro da década de 40 do século XX. O antigo retábulo, datado possivelmente de 1690 e da autoria dos entalhadores André Dias e Valério Aires, seria em talha dourada, mas as obras de restauro do século XX, executadas por Albano França, do Porto, retiraram-lhe o dourado, restando apenas vestígios do mesmo no pavimento da tribuna. A fachada principal da Igreja data de meados do século XVIII (1745/ 1755), altura em que a primitiva Igreja terá sofrido importantes obras de remodelação. As imagens em pedra da Esperança (lado esquerdo), da Caridade (lado direito), da Fé (ao centro e em cima) e a pedra de armas que se encontram nesta fachada, datam desta altura.

As telas laterais (lado do Evangelho), que se encontram na capela-mor, são, possivelmente, desta altura, pois existe avultados pagamentos a um pintor, José Botelho, para executar umas telas para a mesma. Necessitam de um estudo mais aprofundado para determinar, com rigor, qual a data da sua elaboração, bem como o seu autor, pois há estudiosos, nomeadamente Vítor Serrão, que atribuem as mesmas ao pintor Manuel Pereira de Brito que as teria pintado por volta de 1718, havendo, nos livros de receita e despesa da Irmandade desta altura, referências a pagamentos a este pintor.

Em finais do século XIX, inícios do século XX, é equacionada a venda da Igreja à Câmara Municipal, pela importância de 200 mil réis. O projecto não se concretizou porque a Câmara não dispunha da referida verba.
Já na década de 40 do século XX, e porque a Igreja apresentava um avançado estado de degradação, foi a mesma alvo de importantes obras de remodelação/ reconstrução, datando dessa altura a construção da torre sineira. É igualmente desta época (década de 40 do séc. XX) a pintura do tecto da Igreja (Imagem de Nossa Senhora da Misericórdia), o fresco que se encontra por cima do arco do altar-mor, o tecto da capela-mor e o fresco da parede do coro (representando a “Deposição de Cristo no Túmulo”) pertencendo a autoria destas pinturas ao professor António Lopes. Os altares laterais, bem como as imagens (S. João Evangelista e Nossa Senhora das Dores) foram adquiridos a Rafael Pereira Valente, de Vila Nova de Gaia, em 1947.

Em Dezembro de 1956 o assunto da possível demolição da Igreja, prevista no Plano de Urbanização do Centro Cívico, volta a ser equacionado. A decisão foi discutida, inicialmente, entre o Presidente da Câmara e o Presidente da Comissão Administrativa da Misericórdia, sendo posteriormente o caso apresentado ao Bispo da Guarda. Apesar da concordância entre estas diferentes entidades, a maioria dos Irmãos, reunidos em Assembleia Geral, não anuíram sobre esta demolição (mesmo estando prevista uma compensação monetária – que poderia servir para a construção de um tão ambicionado hospital – bem como a cedência da capela de S. Silvestre à Misericórdia), sendo o projecto novamente abandonado.

Ainda no século XX, no período que se seguiu ao 25 de Abril de 1974, o assunto da demolição é novamente debatido. Desta vez, para além de um grande número de Irmãos, também a “Associação de Estudo e Defesa do Património Histórico-Cultural da Covilhã” lutou empenhadamente para que o projecto não se concretizasse.
Por despacho de 9 de Dezembro de 1980, confirmado pelo Decreto n.º 67/ 97 de 31 de Dezembro de 1997 é a Igreja da Misericórdia classificada como “Imóvel de Interesse Público”.

Em 2000 foi construído sob a Igreja um parque automóvel subterrâneo. Devido aos trabalhos inerentes a esta construção, a Igreja sofreu danos na sua estrutura. Em consequência, e em 2010, sofre nova intervenção de vulto, recuperando-se a pintura moral da parede do coro (bastante degradada em virtude das infiltrações na parede), bem como as telas laterais, do lado do Evangelho, que se encontram na Capela-mor.

Fonte( Santa casa da Misericórdia)

Ski na Serra da Estrela




Apesar de este ano a neve ser ainda pouca, fica aqui alguma informação sobre as possibilidades para a prática de ski na Serra da Estrela. Esta pequena estância de esqui está localizada na Serra da Estrela, próxima à Torre, o ponto mais elevado de Portugal continental, situado no município de Seia, dentro do Parque Natural da Serra da Estrela e da freguesia de Loriga, a uma altitude aproximada de 2.000 metros, na parte mais alta. A área urbana mais próxima da estância é a cidade da Covilhã, distante cerca de 20 km, e os alojamentos mais próximos estão situados na localidade de Penhas da Saúde, a cerca de 10 minutos de distância.
Coberta por um manto de neve de Dezembro a Abril, auxiliada também por canhões que produzem neve artificial, a estação de esqui possui infra-estruturas para a prática de desportos de inverno e modernas telecadeiras. É possível alugar equipamentos para a prática de esqui e snowboard neste local.
Esta estância de esqui possui 9 pistas, com um total de 7,7 km, consideradas boas para esquiadores iniciantes, mas também há pistas para esquiadores mais avançados. Sua cota mínima é de 1.854 metros de altitude, e a máxima é de 1.984 m.



Mais informações:
Estância Ski Vodafone – Serra da Estrela
Telefone: (+351) 275 314 727
Fax: (+351) 275 310 309
Horário:
De 2ª a Domingo, das 9h às 17h


Snow Forecast Serra da Estrela

Sanatório dos Ferrovários .... a futura pousada.





O antigo edifício do Sanatório dos Ferroviários, demorou 8 anos a ser construído (1928-1936), permaneceu fechado durante outros tantos anos, tendo sido inaugurado a 11 de Novembro de 1944, está implantado na vertente Sul da Serra da Estrela, a uma altitude de 1200 metros, na EN 220, a cerca de seis quilómetros da cidade da Covilhã, em direcção às Penhas da Saúde. Viria a ser arrendado à Sociedade Portuguesa de Sanatórios, com a condição de receber todos os doentes necessitados de tratamento de altitude, tendo cinquenta camas à disposição da Assistência Nacional aos Tuberculosos.
O edifício acolheu, ao longo de mais de 40 anos, muitos milhares de tuberculosos, provenientes de todo o país, que procuravam recuperar da Tuberculose nos bons ares da Serra da Estrela. Apesar de acolher doentes de todas as classes sociais, os doentes menos favorecidos não tenham acesso a todas as alas, algumas destinadas apenas às classes altas, que ali encontravam todo o conforto que o dinheiro podia comprar.
Oito anos após a cedência, o edifício passou para as mãos do Estado, tomando conta dele o Instituto de Assistência Nacional de Tuberculose (IANT), passando também a partir de 1953, a ser internados doentes pobres. O recurso à quimioterapia antituberculose, levou ao encerramento dos sanatórios afastados dos centros urbanos e pouco rentáveis. E o Sanatório das Penhas da Saúde não mereceu diferente sorte, fechando as portas em Junho de 1969 em que, por ordem do Ministério de Saúde e Assistência, seria dada ordem de encerramento. O seu último director Dr. Carlos Coelho, licenciado em Medicina e Cirurgia pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, acabou por ser o último testemunho do encerramento do Sanatório.
Da autoria do Arquitecto Cottinelli Telmo (1897-1948), a construção do Sanatório garantia a exposição solar de todos os quartos, solários e galerias de cura previstos na planta original. O traçado adoptado - disposição em V aberto ao quadrante Sul - era corrente em instalações similares existentes na Europa e correspondia às recomendações técnicas vigentes na época, permitindo proteger a longa fachada dos ventos laterais. Também a imagem do edifício foi, em grande medida, determinada pelas condicionantes funcionais: a proporção geral e o ritmo dos vãos na fachada decorreram das dimensões generosas atribuídas ao pé-direito (suficientes para garantir um adequado volume de ar nos compartimentos) e do módulo definido pela largura dos quartos, que determina a repetição das janelas estreitas e altas que lhes asseguravam a indispensável insolação. Tinha como objectivo ser uma estância climática para a cura de doenças das vias respiratórias, nomeadamente, a tuberculose.
Actualmente , o grupo Pestana está a construir a futura pousada da Serra da Estrela, com o  projecto do conhecido arquitecto do Porto, Souto Moura. Segundo Souto Moura, a fachada original vai ser mantida, pois «está lá tudo»,e nada vai ser alterado no seu interior, assim como na altura da construção as soluções aplicadas pelo arquitecto criador foram acertadas. Exemplos são a disposição de todo o trabalho de caixaria de portas e janelas, já que o seu criador fê-lo a pensar num «Hotel para doentes».
Presságio ou não, o edifício acabará mesmo como uma unidade hoteleira, com 35 quartos duplos, 16 suites e cinco quartos familiares, que poderão ser configurados como dez quartos individuais, para além de uma suite presidencial.
A preocupação deste arquitecto em criar uma estrutura com baixos custos de manutenção pois estes custos terão muito peso no futuro da gestão da Pousada. Para isso foi pedido ao Estado do Turismo para que a exigência de instalação de ar condicionado, neste tipo de unidade com classificação de cinco estrelas, possa ser revista, já que um «edifício com paredes de dois metros de espessura não precisam de ar condicionado nenhum», palavras do responsável do projecto.
Apenas duas alterações na estrutura do edifício serão visíveis do exterior. Uma nas traseiras, prolongando a zona de cozinha e serviços e outra, logo abaixo do telhado, reabrindo os solários, quebrando o aspecto pesado do edifício. Será um regresso ao projecto original, já que o seu arquitecto foi obrigado a adulterá-lo, quando a CP lhe pediu um alargamento do sanatório. Na altura os solários foram fechados e aproveitados como quartos.
As novas estruturas da pousada, não vão interferir com o conjunto original: o parque de estacionamento, com capacidade para 50 a 60 viaturas será subterrâneo. O parque, com entrada directa para o interior do edifício, terá uma zona de armazenagem de material de Inverno e um outro corredor que ligará ao health club. Esta outra unidade será construída também no subsolo. Este health club subterrâneo é construído num acentuado desnível ali existente, em que será colocada uma parede envidraçada amovível, permitindo a partir da sauna ou da piscina, o contacto com o exterior.
Para além do edifício do sanatório em si, fazem parte do conjunto da estrutura, nas redondezas outros imóveis, como a casa do médico e as antigas casas dos funcionários. A primeira será recuperada e ficará disponível como pequena unidade de alojamento de reserva, para épocas de maior lotação ou ocasiões especiais e as restantes servirãopara os funcionários.
O exterior do edifício, à entrada da pousada, terá um pequeno lago artificial e será densamente arborizado.
A abertura está prevista para o final de 2012.


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Workshops de Découpage e Scrapbooking

A Loja Ponto Já da Covilhã promove, nos próximos dias 9 e 10 de Fevereiro, a partir das 14:00 horas, dois workshops bastante inovadores, que vão ajudar a produzir um presente para o Dia de São Valentim:



Dia 9, Quinta-feira, 14h00

WORKSHOP DE DÉCOUPAGE EM VIDRO

Se ainda não tem prenda para o Dia dos Namorados, participe neste atelier orientado por Cristina Sena. Trata-se de um workshop para iniciantes, com o intuito de facultar aos participantes algumas dicas para iniciar/realizar os seus trabalhos de découpage.

Dia 10, Sexta-feira, 14h00

WORKSHOP DE SCRAPBOOKING EM MADEIRA
Orientado por Cristina Sena, este workshop tem o intuito de facultar aos participantes algumas dicas para iniciar os seus trabalhos de scrapbooking em madeira. Este trabalho é feito com um papel específico com várias decorações. Um verdadeiro mimo para o Dia de São Valentim!


Durante o mês de Fevereiro, a Loja da Juventude apresenta, das 10:00 às 19:00 horas, a exposição "Mimos com Arte", uma mostra de trabalhos em falsa prata boliviana, découpage e scrapbooking, de Cristina Sena.


Para mais informações:
Loja Ponto Já da Covilhã
Rua António Augusto de Aguiar
Telefone: 275 089 303

Horário de Funcionamento: De Segunda a Sexta-Feira, das 10h00 às 19h00

Serviços: informação juvenil; cartão jovem; tempos livres; arrendamento jovem; biblioteca; sala de estudo e convívio; acesso gratuito à Internet; exposições e workshops.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Adega Cooperativa da Covilhã




A cultura da vinha e produção de vinho têm raízes ancestrais na região. Em documentos como o foral da Covilhã aparecem referências ao vinho.
Os métodos artesanais de produção de vinho foram abandonados desde a criação da Adega Cooperativa da Covilhã, em 1954. Nesta altura a Cooperativa contava com 146 Associados, desde então o crescimento tem sido significativo. Nestes últimos anos foram efectuados significativos investimentos em equipamento, técnicas e recursos humanos por forma a dotar a Cooperativa de uma estrutura moderna e dinâmica para se afirmar no mercado.
Os vinhos criados pela Adega Cooperativa da Covilhã, para além da sua reconhecida qualidade, têm outras particularidades. De facto, as vinhas da sua área, por força do clima e do solo, da altitude e, sobretudo das castas regionais, dão origem a vinhos brancos e tintos muito típicos e com características organolépticas muito próprias. Os consumidores, de há muito tempo, reconheceram a qualidade dos vinhos da Adega Cooperativa da Covilhã, razão pela qual a presença a nível nacional e internacional é cada vez maior.




Informações:


Residência: Quinta das Poldras
Código Postal: 6200-165 Covilhã
Telefone: 275 330 750
Fax: 375 3330 757/9
E-mail: info@adegacovilha.pt (Geral)
comercial@adegacovilha.pt (Departamento Comercial)

 

Vinhos Almeida Garrett

A família Almeida Garrett instala-se no Tortosendo nos princípios do Séc. XIX, por casamento de uma filha de Francisco Tavares Proença com o Dr. Gonçalo de Almeida Garrett, originário do Porto e sobrinho do escritor Almeida Garrett.
Dedicam-se à agricultura e à produção vitivinícola, nos concelhos de Castelo Branco, Covilhã e Fundão. Na exposição internacional de Paris de 1889, ganham uma medalha de bronze e a inscrição no Livro de Ouro, pela qualidade dos seus produtos, no sector dos vinhos e azeites.
Com o advento da República, a família Garrett emigram para o Sul de França. Quando regressam, plantam no concelho da Covilhã as primeiras varas da casta Chardonnay, ainda hoje a única casta branca nas vinhas da Casa Almeida Garrett.



Produtor/Engarrafador - SABE - Sociedade Agrícola da Beira, S.A.

Informações:
Morada: Rua D. Maria Rosália Tavares de Proença, 16
Tortosendo
Código Postal: 6200 Covilhã
Telefone: 275 981 725
Fax: 275 981 726


O Queijo da Serra da Estrela



Para os fãs dos queijos e não só, quem passa pela cidade da Covilhã e pela Serra da Estrela não passa despercebido a uma das melhores iguarias da região o “Queijo da Serra da Estrela”. É um dos queijos mais afamados, não só no nosso país mas entre apreciadores de todo um mundo. Um produto de certificação de dominação de origem protegida a sua produção hoje em dia obedece a regras rígidas para a sua elaboração.
É produzido com leite de ovelha principalmente ente os meses de Novembro e Março. O seu período de maturação é no mínimo trinta dias.
Tem um aroma e paladar inconfundíveis, suave, é uma delícia para todos os apreciadores. Consoante a sua maturação pode-se tornar amanteigado ou mais denso. Porém é sempre uma experiência para os sentidos.
É um queijo curado de fabrico artesanal de paste semi-mole, amanteigada, branca ou ligeiramente amarela, uniforme (sem ou com poucos olhos), obtido do esgotamento lento da coalhada após coagulação do leite de ovelha cru com cardo "Cynara Cadunculus". Tem uma forma de cilindro baixo abaulamento lateral e um pouco na face superior, sem bordos definidos.  
Apresenta crosta maleável, bem formada, lisa e fina, de cor amarelo-palha uniforme.
Exala aroma intenso e o sabor revela um "bouquet" suave, limpo e ligeiramente acidulado.
Prove esta pequena iguaria com pão centeio da região, sem pão ou se preferir às colheradas. Decerto que não se irá arrepender.

Texto elaborado com apoio da informação obtida do sítio Roteiro Gastronómico de Portugal.



Ponte Pedonal sobre a Ribeira da Carpinteira





O antigo edifício do Sanatório dos Ferroviários, demorou 8 anos a ser construído (1928-1936), permaneceu fechado durante outros tantos anos, tendo sido inaugurado a 11 de Novembro de 1944, está implantado na vertente Sul da Serra da Estrela, a uma altitude de 1200 metros, na EN 220, a cerca de seis quilómetros da cidade da Covilhã, em direcção às Penhas da Saúde. Viria a ser arrendado à Sociedade Portuguesa de Sanatórios, com a condição de receber todos os doentes necessitados de tratamento de altitude, tendo cinquenta camas à disposição da Assistência Nacional aos Tuberculosos.
O edifício acolheu, ao longo de mais de 40 anos, muitos milhares de tuberculosos, provenientes de todo o país, que procuravam recuperar da Tuberculose nos bons ares da Serra da Estrela. Apesar de acolher doentes de todas as classes sociais, os doentes menos favorecidos não tenham acesso a todas as alas, algumas destinadas apenas às classes altas, que ali encontravam todo o conforto que o dinheiro podia comprar.
Oito anos após a cedência, o edifício passou para as mãos do Estado, tomando conta dele o Instituto de Assistência Nacional de Tuberculose (IANT), passando também a partir de 1953, a ser internados doentes pobres. O recurso à quimioterapia antituberculose, levou ao encerramento dos sanatórios afastados dos centros urbanos e pouco rentáveis. E o Sanatório das Penhas da Saúde não mereceu diferente sorte, fechando as portas em Junho de 1969 em que,  por ordem do Ministério de Saúde e Assistência, seria dada ordem de encerramento. O seu último director Dr. Carlos Coelho, licenciado em Medicina e Cirurgia pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, acabou por ser o último testemunho do encerramento do Sanatório.
Da autoria do Arquitecto Cottinelli Telmo (1897-1948), a construção do Sanatório garantia a exposição solar de todos os quartos, solários e galerias de cura previstos na planta original. O traçado adoptado - disposição em V aberto ao quadrante Sul - era corrente em instalações similares existentes na Europa e correspondia às recomendações técnicas vigentes na época, permitindo proteger a longa fachada dos ventos laterais. Também a imagem do edifício foi, em grande medida, determinada pelas condicionantes funcionais: a proporção geral e o ritmo dos vãos na fachada decorreram das dimensões generosas atribuídas ao pé-direito (suficientes para garantir um adequado volume de ar nos compartimentos) e do módulo definido pela largura dos quartos, que determina a repetição das janelas estreitas e altas que lhes asseguravam a indispensável insolação. Tinha como objectivo ser uma estância climática para a cura de doenças das vias respiratórias, nomeadamente, a tuberculose.
Actualmente, o grupo Pestana está a construir a futura pousada da Serra da Estrela, com o  projecto do conhecido arquitecto do Porto, Souto Moura. Segundo Souto Moura, a fachada original vai ser mantida, pois «está lá tudo»,e nada vai ser alterado no seu interior, assim como na altura da construção as soluções aplicadas pelo arquitecto criador foram acertadas. Exemplos são a disposição de todo o trabalho de caixaria de portas e janelas, já que o seu criador fê-lo a pensar num «Hotel para doentes».
Presságio ou não, o edifício acabará mesmo como uma unidade hoteleira, com 35 quartos duplos, 16 suites e cinco quartos familiares, que poderão ser configurados como dez quartos individuais, para além de uma suite presidencial.
A preocupação deste arquitecto em criar uma estrutura com baixos custos de manutenção pois estes custos terão muito peso no futuro da gestão da Pousada. Para isso foi pedido ao Estado do Turismo para que a exigência de instalação de ar condicionado, neste tipo de unidade com classificação de cinco estrelas, possa ser revista, já que um «edifício com paredes de dois metros de espessura não precisam de ar condicionado nenhum», palavras do responsável do projecto.
Apenas duas alterações na estrutura do edifício serão visíveis do exterior. Uma nas traseiras, prolongando a zona de cozinha e serviços e outra, logo abaixo do telhado, reabrindo os solários, quebrando o aspecto pesado do edifício. Será um regresso ao projecto original, já que o seu arquitecto foi obrigado a adulterá-lo, quando a CP lhe pediu um alargamento do sanatório. Na altura os solários foram fechados e aproveitados como quartos.
As novas estruturas da pousada, não vão interferir com o conjunto original: o parque de estacionamento, com capacidade para 50 a 60 viaturas será subterrâneo. O parque, com entrada directa para o interior do edifício, terá uma zona de armazenagem de material de Inverno e um outro corredor que ligará ao health club. Esta outra unidade será construída também no subsolo. Este health club subterrâneo é construído num acentuado desnível ali existente, em que será colocada uma parede envidraçada amovível, permitindo a partir da sauna ou da piscina, o contacto com o exterior.
Para além do edifício do sanatório em si, fazem parte do conjunto da estrutura, nas redondezas outros imóveis, como a casa do médico e as antigas casas dos funcionários. A primeira será recuperada e ficará disponível como pequena unidade de alojamento de reserva, para épocas de maior lotação ou ocasiões especiais e as restantes servirão para os funcionários.
O exterior do edifício, à entrada da pousada, terá um pequeno lago artificial e será densamente arborizado.
A abertura está prevista para o final de 2012.