sexta-feira, 9 de março de 2012

Lenda da Covilhã


A Covilhã está situada na zona denominada por Cova da Beira que engloba o eixo da Guarda - Covilhã - Castelo Branco, fazendo fronteira com Espanha. O seu primeiro nome foi o de Cova Plana, por razões de ordem morfológica. "Cova" porque está enclausurada entre serras altas, nas abas das Serra da Estrela, Serra da Gata, Serra da Malcata, Serra da Gardunha. "Plana" porque se trata de um espaço onde se erguem aqui e além pequenos montes que, vistos do cimo de qualquer uma das serras que a envolvem, se diluem na paisagem, parecendo tratar-se de uma planície entre montanhas onde brilham as águas. Após a invasão e conquista da Península Ibérica pelos romanos surgiram vários novos sobre esta zona (Cova Júlia e Silia Hermínia) a que as lendas deram notoriedade. Os generais romanos, por razões estratégicas davam os seus nomes às regiões por onde passavam e sobretudo onde assentavam arraiais. Temos assim a Cova Plana a mudar de nome para Cova Júlia, antes de Cristo, devido ao facto de ser Júlio César, o General, comandante das legiões romanas, na Península Ibérica. Em 41 depois de Cristo, há uma outra alteração. O nome de Cova Júlia desaparece e a região passa a ser conhecida como Silia Hermínia, devido ao facto de o general romano, que então comandava as legiões romanas, se chamar "Silius", e ter, ali, acampado para dominar os lusitanos.

A origem do próprio nome da cidade está também relacionada com uma lenda. Segundo esta, o Conde Julião, governador de Ceuta, teria permitido a passagem dos mouros, por vingança, pelo facto da sua filha, Florinda, se ter enamorado por Rodrigo, o último rei dos Godos. Após a morte deste, numa batalha contra Tariq, esta refugiou-se nos Montes Hermínios e, pela sua astúcia e formosura, mereceu o respeito dos mouros e o nome de Cova. Seria o lugar da Cova Juliana ou Covaliana, donde resulta o nome da Covilhã.


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