Localiza-se no Alto de Santa Cruz, junto à calçada com o mesmo nome. É circundada pela estrada N339 que liga a cidade da Covilhã à Serra da Estrela.
Apesar de à sua fundação surgirem nomes como o Infante D.
Henrique ou o infante D. Luís, desconhece-se quando terá sido construída. A um
(Infante D. Henrique, filho de D. João I) atribui-se a primitiva construção,
tendo a mesma ocorrido em meados do século XV. Ao outro (Infante D. Luís, filho
do rei D. Manuel, Senhor da Covilhã e pai de D. António, Prior do Crato) a sua
(re)construção.
Em 1570 foi aqui instituída a Confraria de Nossa Senhora de Vera
Cruz, onde só eram admitidos os rapazes solteiros.
Foi o Infante D. Luís que a dotou com uma bela relíquia do Santo
Lenho, encerrada numa custódia de prata dourada. Trata-se de um objecto de
inegável valor, tanto monetário como artístico. Actualmente esta relíquia
encontra-se à guarda do pároco de Santa Maria.
O tecto desta igreja é revestido por trinta e cinco caixotões
que emolduram telas, de diferentes épocas e estilos, representando várias cenas
da vida de Cristo e passagens bíblicas.
O retábulo é em talha dourada, do século XVII. Nele se encontra
uma preciosa imagem de Cristo Crucificado. Atribui-se a Manuel de Morais da
Silva Ramos, ou simplesmente Morais do Convento – por ter comprado, e nele
vivido durante algum tempo, o Convento de Santo António -, a (re)pintura de
algumas das telas do tecto, durante o século XIX.
No início do século XX, mais precisamente em 1903, foi a Capela,
mais os terrenos (os quais foram utilizados para neles ser construído o
Hospital) que pertenciam à Confraria, doados à Santa Casa da Misericórdia.
É realizado um novo restauro à Capela durante a década de 40 do
século XX. Algumas telas que se encontram no tecto são desta altura,
desconhecendo-se quem terá sido o seu autor.
Convém ainda referir a última grande intervenção de restauro que
a Capela sofreu até ao presente. A 22 de Outubro de 1996 é assinado para este
efeito um protocolo entre a Câmara Municipal da Covilhã, a Santa Casa da
Misericórdia e o então designado Instituto Português do Património
Arquitectónico e Religioso (IPPAR). O certo é que ao serem concluídos mais
tarde os trabalhos do monumento religioso foi o seu interior que sofreu. As
infiltrações acabariam por afectar o restauro dos elementos decorativos, alguns
até de forma irremediável.
Fonte: Santa Casa da Misericórdia
Contactos:
Santa Casa da Misericórdia da Covilhã
Alto de Santa Cruz
Apartado 507
6200-082 Covilhã
Tlf: 275 310 232
E-mail: geral@misericordiacovilha.pt
Bela capela do tempo dos descobrimentos.
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